O Grupo de Discussão sobre Desigualdades e Urbanidades é um grupo de mulheres que passaram a discutir vários aspectos das desigualdades sofridas em nosso contexto, como a questão do acesso à saúde e educação de qualidade no sistema público, o abuso moral e sexual de patrões para com empregados e empregadas, a falta d’água no bairro, violência e protagonismo feminino. Englobando em suas discussões desde coisas aparentemente simples do cotidiano de gente comum às mais graves questões sócio-políticas. O grupo é coordenado por Viviane Faria que busca definir e conduzir as linhas de discussão de acordo com as necessidades apresentadas pela comunidade, e através de um consenso entre as moderadoras e disseminadores; os planos de ação surgem da análise das propostas levantadas.
SEUS TEMAS E ESTRUTURA
Os diálogos em torno destas várias questões buscam traçar linhas de ações quanto aos problemas que em maior evidência aparecem nos espaços urbanos. Com as discussões se tornou mais patente o valor fundamental da participação da mulher no contexto de defesa dos direitos humanos e luta contra as desigualdades sociais e desigualdades de gênero e raça.
Passou-se também a discutir a ausência de acesso aos mecanismos políticos e da justiça. A necessidade de atenção aos jovens e mulheres em situação de vulnerabilidade social, passaram a fazer parte das discussões e análises do GDDUrb, sendo então outro objeto importante da nossa busca por desenvolvimento de propostas exeqüíveis e pragmáticas para solucionar os problemas relacionados ao espaço urbano.
QUEM PARTICIPA DO GRUPO E COMO?
A atual estrutura organizacional do grupo é a seguinte: a Coordenadora conduz as discussões; as Moderadoras e Articuladoras de Políticas, que também propõem tópicos para as discussões, levantam material de consulta e desenvolvem pesquisas para fundamentar os debates levantando estas informações durante as reuniões; Disseminadores, que podem ser tanto Homens quanto Mulheres interessados nos temas e na promoção da informação, podem participar fazendo intervenções nos diálogos, dando opinião, apontando perspectivas, como audiência, e podem deixar sugestões, desde que estejam dentro das temas tratados pelo grupo e contemplem a perspectiva feminina.
Não é um Club da Luluzinha, damos prioridade à perspectiva feminina pelo fato de sabermos que alguns aspectos das questões relacionadas às desigualdades são observados e vivenciados em maior escala pelo sexo feminino.
Ao promover estas discussões visamos mobilizar grupos antes excluídos da atuação política para que estes possam participar efetivamente das mudanças pelas quais se procura tornar a nossa sociedade mais justa e igualitária.
OS FRUTOS DE NOSSAS DISCUSSÕES
Através das discussões se percebeu a necessidade de encontrar um veículo para se disseminar as idéias e conclusões surgidas para os jovens em geral, o Funk sendo a música mais popular na baixada foi o veículo escolhido pelo GDDUrb para conscientizar as/os jovens quanto às várias questões abordadas, então montamos o Bonde da Conscientização para se apresentar em escolas e clubes locais com mensagens sobre gravidez na adolescência, fuga da realidade por meio das drogas, valor da educação e preservação do meio ambiente, e gravamos o Álbum Permitidão para promover estas idéias.
Percebeu-se a necessidade de propor respostas às questões da Segurança Pública, por meio da CONLISEG (conferência Livre de Segurança Pública), e da Educação por meio do PAPEC (Laboratório de Promoção do Acesso Pleno à Educação Cidadã).
Das nossas discussões também surgiram as campanhas QAP: Quem Ama Planeja, Quem Ama Preserva, Quem Ama Protege, Quem Ama Previne.